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  1. Pudim de Abade Priscos

     

    O pudim abade de Priscos é um pudim típico de Braga, Portugal sendo uma das poucas receitas que o abade de Priscos transmitiu para o público.

     

    O pudim ficou conhecido quando Pereira Júnior, director do Magistério Primário feminino de Braga no antigo Convento dos Congregados, pediu ao Abade de Priscos receitas para ensinar no magistério.

     

    O pudim é confeccionado num tacho de latão ou cobre onde é colocado meio litro de água. Quando esta estiver a ferver, coloca-se meio quilo de açúcar fino ou pilé, uma casca de limão, um pau de canela e cinquenta gramas de toucinho de presunto fatiado muito fino (é proposto que seja gordo e de preferência de Chaves ou de Melgaço) e deixa-se ferver até atingir ponto espadana. Batem-se delicadamente (para não introduzir ar) quinze gemas até ficar a mistura homogénea e mistura-se-lhes um cálice de vinho do Porto (de preferência Tawny) até ficar em meio ponto, depois de bater novamente. A calda de açúcar, depois de arrefecer até cerca de 60ºC a 80ºC, é então vazada através de um coador fino para a tigela onde estão as gemas, mexendo-se tudo. De cada vez que se mexer a mistura das gemas, esta deverá repousar alguns minutos de forma a que a todo o ar que eventualmente possa ter sido introduzido possa saír e, assim, evita-se que a textura do pudim fique com pequenos buracos. Barra-se uma forma com açúcar em caramelo e deita-se aí o preparado, que é posto a cozer durante cerca de 40 minutos em banho-maria no forno a 180º. Em alternativa, poderá ser cozido em banho-maria no fogão, cerca de 35 minutos, tendo o cuidado de não deixar ferver a água. O pudim é desenformado quando estiver quase frio.

     

    O Pudim de Abade Priscos deverá ficar com uma consistência delicada, gelatinosa e que se "desfaz na boca".

    Este doce foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa.